Equipe ViBe SaúdeFamília e Crianças, Saúde
Inicialmente a comunicação não violenta é uma abordagem que estimula a compaixão e a empatia nos relacionamentos e foi desenvolvida pelo psicólogo Marshall Rosenberg nos anos 60.
A princípio, as técnicas criadas por ele foram implantadas em escolas para resolver conflitos entre a equipe de profissionais, além de professores e alunos.
Rosenberg percebia que uma comunicação pouco efetiva, cheia de julgamentos e apontamentos, provocavam mal–estar, estimulava a autodefesa e a falta de conexão entre as pessoas.
Por outro lado, o psicólogo Marshall Rosenberg, entendeu que adotar uma postura pacífica diante dos conflitos poderia promover mais integração e melhor convivência.
Desta forma, em nossos relacionamentos vivemos uma série de conflitos e dificuldades de comunicação, que poderiam ser evitados apenas mudando nosso modo de falar.
A proposta da comunicação não violenta (CNV) é trazer mais honestidade para o modo como nos expressamos. Portanto, ela não está apenas no conteúdo da informação, mas na maneira como esta é transmitida.
Existem quatro componentes essenciais para uma comunicação mais eficaz, são:
1. Observação
O que está acontecendo? Qual informação estou recebendo? (Acontecimentos recorrentes ou falas recorrentes que me incomodam – Ex: Meu filho deixa meias espalhados por toda a casa)
2. Sentimento
Como me sinto diante disso? (É importante compreender nossos sentimentos antes de os expressarmos. Ex: As meias espalhadas me fazem me sentir sobrecarregada por ter que organizar a casa diversas vezes)
3. Necessidade
Quais as necessidades despertadas por esse sentimento? (O que eu preciso que aconteça para melhorar esse sentimento, ou resolver a situação. Ex: Seria legal que meu filho recolhesse as meias, eu me sentiria melhor e mais respeitada)
4. Pedido
Pedir especificamente o que sente necessidade. Dessa forma, é importante evitar frases vagas nesse momento. Nesse caso, a comunicação seria:
– Filho, tenho visto várias meias suas pela casa, isto me faz me sentir sobrecarregada e desrespeitada, por ter que organizar diversas vezes. Você poderia recolhe-las e colocar no cesto, por favor.
Sob o mesmo ponto de vista, quando nos comunicamos de maneira assertiva e sem apontamentos de culpa podemos criar relações mais saudáveis conosco e com as pessoas ao nosso redor.
Para isso, precisamos estar atentos sobre nossas necessidades e emoções, aprimorando a auto-conexão e auto-escuta para podermos expressar os nossos pedidos com mais clareza e verdade.
Acima de tudo, a comunicação não violenta incentiva então um processo de educação emocional, onde cuidamos dos nossos sentimentos e emoções para não responsabilizar o outro por aquilo que é nosso.
Em síntese, as técnicas podem ser utilizadas em todas as relações da nossa vida, priorizando o fortalecimento de laços e a continuidade dos bons relacionamentos. Que tal experimentar?
Caso queira saber mais sobre a CNV, você pode ouvir o podcast do “Psicologia do Cotidiano por Jean Alessandro”. Episódio 15. Comunicação Não-Violenta – DR’s e discussões mais eficazes.